domingo, 7 de setembro de 2014

Décimo segundo capítulo: Encontro com a Lua.

     A noite caia devagar e dava espaço para o brilho das estrelas. Os três caminhavam pela floresta, entre as árvores, com cuidado. As folhas quebravam em seus pés. De longe já podiam enxergar e ouvir o movimento em Adrin. Era tranquilo e pacifico. Podia-se ouvir uma melodia de violino à distancia. O Sol dava o ultimo espetáculo do dia. Seus raios sumiram lentamente, formando um belo céu cor de rosa. Brenys nunca havia ido em Adrin. Tholes era um dos poucos que Horward tinha alguma consideração. Eles adentravam a cidade devagar, observavam cada lugar. Os olhos de Brenys brilhavam com o grande marcador no centro da praça. Ela se desesperou ao ver soldados se aproximando deles. Rothen tomou a frente e mostrou um tipo de pergaminho aos homens que lhes deram passagem. As pessoas começavam a se recolher para suas casas. Algumas tavernas começavam a abrir iluminando as estradas de pedra. O homem que tocava violino no centro da praça recolhia as moedas que conseguirá ao longo do dia. Pequenas lamparinas começavam se acender pela cidade. Parecia um pequeno show de luzes. Kyra também tinha olhos atentos no movimento. Mas Brenys dançava em passos longos, olhando pra cima e pros lados quase que ao mesmo tempo. Como uma criança curiosa. O castelo era fino. Era uma espécie de torre. Depois de alguns minutos de observação, ela descobriu que a torre era o marcador do relógio. Era incrivelmente alto. Haviam poucos guardas em sua segurança. Rothen mostrou novamente o pergaminho aos guardas que deram passagem aos três. 
        O que é esse pergaminho que você tanto mostra? Um convite real?    Kyra perguntou com deboche. Rothen a respondeu com uma risada. E a respondeu depois.
        É um pergaminho de permissão. Tholes que o preparou para mim. Tenho permissão de entrar na cidade e no castelo quando quiser.
        Você deve ser da confiança de Tholes...    Brenys sussurrou.
        Somos velhos e bons amigos.
     Eles continuaram a entrar no castelo. Suas paredes eram de um tipo de pedra largo e bege. Quando chegou ao hall de entrada, Brenys olhou pra cima e viu uma longa escadaria. Mesmo sendo uma longa escadaria, não era as escadas que mais chamavam atenção. No centro do hall havia uma enorme arvore, cuja os galhos não podiam ser vistos. Eles estavam em cima, passando o teto e no chão do outro andar. A torre parecia um pouco com a torre de Rothen. Havia um subsolo onde estavam a maior parte dos cômodos, como a cozinha, banheiros, quartos de empregados. Uma serviçal os serviu com tugor. O gosto doce imundou a boca de Brenys que saboreou até a ultima gota. Outro serviçal que descia as escadas nos chamou para subir. A escadaria parecia não ter fim. Chegaram finalmente ao primeiro andar da torre. Brenys viu que ali ainda tinha tronco da grande árvore. O serviçal pediu para que Brenys e Kyra esperassem enquanto Rothen subiu mais escadas junto a ele. O primeiro andar da torre era a sala do trono. Era simples comparada com a de Horward. O trono era de madeira rebuscada com uma longa faixa marrom com o simbolo de uma ampulheta bege desenhada atrás dele. Haviam algumas mesas com cadeiras de madeira pelo salão. O chão era liso e cinza, bem limpo. Alguns candelabros de pé enfeitavam a sala com pequenas janelas redondas e de vitral simples. Era aconchegante de certa forma. Curiosa, Brenys começou a subir os primeiros degraus da escadaria.
        Aonde você vai, Brenys?    Kyra sussurrou a segurando pelo braço.
        Preciso ver o que tem acima.
        Você é louca?! Mandaram esperarmos aqui. Se eles nos pegarem, como escaparemos?
        Não vão nos pegar, fique tranquila.
     Subiu os degraus depressa e se deu em uma biblioteca. Em frente a escada, havia uma grande janela oval e o resto das paredes eram cobertos por estantes de madeira clara. Todas lotadas e abarrotadas de livros finos, médios e grossos. Alguns empoeirados, outros super limpos. Ela se perdia lendo devagar os títulos, andava empolgada pela sala redonda. Em frente a janela, estava um tapete com um pequeno sofá e uma mesinha de madeira ao lado com uma lamparina em cima. Abaixo da lamparina, tinha uma toalha rendada que cobria a mesinha redonda. Brenys começou a fuxicar as prateleiras com curiosidade. 
        Com tantos livros aqui, é impossível não ficar curiosa    O coração de Brenys parou por segundos. Ela segurou a respiração e desesperou-se. Virou-se devagar para o som da voz. Viu um homem de idade média. Vestia-se de forma simples mas com bons tecidos. E usava uma capa marrom por cima. Seus cabelos eram castanhos e lisos na altura da nuca. Pareciam estar ficando grisalhos. O homem olhou com para ela com ternura e sorriu com gentileza. Começou a se aproximar devagar    Qual é seu nome criança?
      Brenys ressentiu e balançou a cabeça negativamente. O homem sorriu com sua resposta.
         Entendi... Você não pode dizê-lo. Fique tranquila, isso não será um problema. Eu sinceramente também não gosto muito de trabalhar com nomes. Tenho outra forma muito melhor de conhecê-la. Por favor, poderia me dar sua mão?
      Ele estendeu sua mão à ela. Nervosa e tremendo, desconfiada, ela entregou a mão devagar a ele. O homem fechou os olhos e respirou fundo. De olhos fechados ele começou a sussurrar.
          Dez de novembro... De dezoito anos atrás. Lua cheia... Sol na constelação de escorpião. 
       Brenys ficou boquiaberta e de olhos arregalados. Quando o homem abriu os olhos e viu sua expressão, soltou uma gargalhada. Ele soltou sua mão e começou a caminhar pelo salão lentamente.
          Você gosta de livros?
          Gosto, só não li muitos    Brenys sussurrou.
          Entendo... Você sabe ler?
          Um pouco...    Brenys respirou fundo e encarou o homem    Como você sabia daquilo tudo? Quem é você?
          Alguns me chamam de sábio... Outros de senhor do tempo. Mas me chamo Tholes.
          Você é Tholes?
          Decepcionada?
          Não.. É que os deuses costumam ser jovens e de melhor aparência possível... Não que esteja lhe chamando de velho.
       O homem soltou uma gargalhada e a olhou.
          Tudo bem, criança. Eu realmente tenho aparência mais velha que os outros. A magia do tempo é extremamente cansativa e trás consequências físicas. 
          O que tem lá em cima?
          Meus aposentos. Gostaria de conhecê-los?
       Brenys balançou a cabeça positivamente e ambos começaram a subir as escadas. O quarto era simples mas belo. Havia algumas janelas redondas e uma cama feita de madeira talhada. Um armário com os mesmos desenhos da cama na madeira. Um longo espelho com borda de prata desenhada. Alguns dos galhos da enorme árvore já estavam no quarto. Eles decoravam o teto com alguns ramos de folhas caídos. As janelas tinham finas cortinas brancas que balançavam com a brisa. Ainda havia mais escadas. Ao perceber o olhar de Brenys, ele a explicou.
          Essas escadas vão para o terraço, mas não podemos ir lá agora. Rothen está ocupado lá em cima. 
          Nunca tinha visto uma árvore tão grande em toda minha vida. Eu já vi muitas árvores de diversas cidades. Já vi árvores largas, compridas, com muitas raízes, poucos galhos, até sem folhas. Mas nunca uma tão alta e grandiosa como está.
          É uma árvore especial, moça    Um rosto começou a se formar na árvore. Brenys deu um pulo pra trás de susto    Não se assuste, criança. Essa árvore é minha esposa.
          Sua esposa? Você casou com uma árvore?
          Minha esposa nem sempre foi uma árvore. Uma bruxa de coração negro à amaldiçoou. O seu amor foi morto em uma guerra de todos as cidades. Ela me culpou pela morte de seu amado e como castigo transformou minha mulher em uma árvore para que nunca mais possamos ficar verdadeiramente juntos. Mas eu arrumei uma forma de burlar a maldição. Posso manipular o tempo. Então, viajo com ela para o tempo que ainda não era transformada. E podemos ficar juntos. Mas é como eu lhe disse criança... A magia do tempo trás consequências físicas.
         Deuses podem morrer de velhice?
         Podem. Mas o poder dos outros não é tão agressivo como o meu. Por isso preciso de Rothen... Ele me faz uma poção da juventude e cuida da saúde de Nayla, minha esposa. Eu... não posso deixá-la sozinha. Ela nunca se deixou murchar ou secar. Só pra estar ao meu lado. Viverei ao lado dela até os últimos dias de minha vida. 
         Essa guerra... Foi a guerra de Marven? Que matou o rei de Lightfire?
         As más línguas dizem que Markus não morreu. Mas está guerra não foi apenas de Marven. 
         Não foi apenas de Marven? Quem era seu aliado?
         Esse fato não foi trago à tona. Marven fez questão de esconder seu aliado. Deixando apenas os deuses como conhecedores da história. A invasão à Lightfire foi ordenada por Horward. Ele queria aumentar suas fronteiras e seu poder. Horward fez um trato com Marven, que ficaria oculto na guerra, mas que mandaria seus homens com as armaduras do raio. É por isso que Marven e Horward se odeiam tanto, porque um culpa o outro pela falha do plano. Horward naquela época não tinha um dragão ao seu lado. Os dragões não obedecem a pessoas com fogo negro, apenas fogo puro. 
       Os olhos de Brenys se encheram de água. Seu rosto se tornou vermelho e lhe faltava ar. O ataque que matará seu irmão foi ordenado por Horward. A fuga de Markus do poder, colocando Jamkas no lugar foi culpa de Horward. Tudo que ela havia sofrido forá por culpa dele. E ele ainda a usou. Fez-a fazer um pacto com o fogo para dominar o dragão que a protegeu quando fugiu da cidade que morava. Todo seu mundo caiu diante dos seus olhos. 
           Porque choras criança?
           O senhor não sabe o que descobri com o que me contou agora... Tive grandes perdas nessa guerra. E agora sei quem foi o culpado. Não sabe como foi difícil pra mim. 
           Imagino que tenha sido sim, criança. Teus cabelos são tão engraçados. Me lembram das folhas vermelhas que caem das árvores. 
        Em meio as lágrimas, Brenys deu um breve sorriso.
           Você é o primeiro que me diz que meus cabelos não parecem um mar de fogo.
           E nunca diria isso. O que você acha mais belo, uma gota de fogo cair junto ao longo mar ou a dança que uma folha faz no ar ao cair de seu galho?    Tholes arregalou os olhos e se tocou da palavra. Era ela. Ela era o mar de fogo que virão. Ela era a ajuda que a Lua mandou pra eles!    Criança... Você sabe que outra guerra se aproxima, não é? Você gostaria de participar dela?
           Você enlouqueceu? Eu acabei de dizer que passei por coisas horríveis na ultima guerra e que acabei de descobrir verdades de um passado terrível. Eu não posso participar desta guerra!
           Precisamos de você... Você foi a escolhida da Lua para nos ajudar. Na reunião, quando pedimos ajuda à Lua, apareceu a sombra de uma imagem de um mar de fogo. É sua principal característica não é?
           EU NÃO POSSO!    Brenys gritou com as mãos na cabeça    Eu perdi meu irmão diante dos meus olhos na guerra. Não pude ajudá-lo e nem defendê-lo. Fui expulsa da minha cidade por não seguir as leis impostas. Tive que abandonar minha família que precisava de mim! Tive que deixar minha irmã caçula aos berros e choros, sem poder consolá-la nem dizer que voltaria! Quase fui abusada na floresta. Por sorte, um dragão me defendeu. Matando os homens que tentaram aproveitar de mim. Descobri que o homem que eu amo foi o homem que fez todas essas desgraças na minha vida e ainda me usou porque eu tinha um dragão me defendendo! Você acha que está sendo fácil isso tudo pra mim? Eu vim lutando e matando pessoas há tempo... Saqueei cidades de pessoas que tinham muito menos do que eu. Você entende o nojo que eu tenho de mim mesma? Do nojo que eu tenho a essa guerra?
           Se você não for, fará mais inocentes mortos, mais pobres sem nada, mais crianças sem família... Nunca é tarde pra se arrepender criança.
        Brenys começou a correr, descendo a enorme escadaria. Tholes suspirou e chamou um serviçal.
           Senhor    O serviçal disse reverenciando. 
           Chame Pankul, por favor. Eu achei o mar de fogo.


*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*

        Gyles estava mais determinado do que nunca a encontrar Brenys. Ele estava chegando ao Subterrâneo. Estranhou a não ver o enorme dragão que guardava o portal. Havia apenas alguns guardas protegendo-o. Quando ele se aproximou, os homens o interrogaram.
           Quem é você?
           Sou Gyles Kasnier. Caçador de recompensas e amigo de Hefrix, Brenys e Horward. Houve algum problema? Onde está o dragão que cuida do Portal?
           A comandante desapareceu numa explosão. O dragão explodiu em uma luta contra a tropa de Marven. Seu nome está autorizado, pode passar, Gyles.
        Gyles entrou com pressa pelo longo corredor. Estava preocupado com o acontecimento. E Brenys estava desaparecida e o pior, o dragão morto. Como ele iria pegar as lágrimas agora? Mas sua principal preocupação era Brenys agora. Ele chegou correndo ao castelo e logo de entrada encontrou Hefrix, que veio correndo para os seus braços num forte abraço. 
           O que aconteceu, Hefrix?
           Muitas coisas aconteceram, Gyles... Você não imagina a gravidade delas.
        Descendo as escadas de postura ereta e face séria, bem diferente da descontraída e irônica que sempre tinha, estava Horward. 
           Ela tem razão, Gyles. Muitas coisas aconteceram. 
        Hefrix saiu com pressa dos braços de Gyles, e olhou para o irmão. Estava com seus cabelos vermelhos desgrenhados e com a barba cerrada. Parecia cansado e nervoso.
           Horward... Pedi pra você descansar    Hefrix suspirou.
        Horward ignorou a irmã.
           Gyles, entramos em guerra. Recomendaria que não viesse aqui com frequência, a não ser que queria me ajudar.
           Que tipo de ajuda? A única arma que sei usar é um bastão.
           E o arco que trás nas costas?
           Uso-o apenas para caça de animais.
           Pela sobrevivência, aprendemos muitas coisas, Gyles. Mas não quero que lute. Quero algo mais pessoal.
           E o que seria?
           Quero que encontre Brenys.

*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*--*

        Longe o bastante. Era assim que Brenys se sentia. Ela correu até as margens de Adrin. Distante dali, podia-se ver as sombras de Wind. Brenys estava com a respiração ofegante e chorava descontroladamente. Ela sentia como se a pedra de uma catapulta havia lhe acertado. Estava confusa e sem orientação. Estava longe de casa, longe da família, longe da vida. Tirou as botas de couro dos pés e os afundou na água. Sentou-se na beira. Olhou seu reflexo na água por instantes e chutou sua imagem. Sentiu nojo dos cabelos corais. Ela não sabia o que sentia ao certo. Era uma mistura de rancor com raiva, tristeza e ódio. Tinha vontade de destruir tudo ao redor. Ela ia fugir. Quando estava se levantando e preparando pra correr pro mais longe possível, ouviu uma voz.
            Não fuja, Brenys.
         Seu coração parou por um instante. Olhou ao redor e ninguém viu.
            Eu só posso estar louca...
            Não está    A voz a respondeu novamente.
            Quem é você?
            Eu tenho muitos nomes. Sou aquela que posso ver a todos, inclusive você, Brenys. Sempre estive a observando. Desde que nasceu... Aquela menininha que nasceu em uma lua cheia as margens de um lago. A parteira teve dificuldade em fazê-la nascer. Uma menina com a dadiva da beleza. Uma criança que cresceu com sede de luta e a vontade de erguer uma espada.
            Como sabe disso tudo?
            Já disse pra você, Brenys. Sempre estive a observando.
            Então apareça! Por favor. Preciso saber se realmente não estou louca.
         De repente, vários focos de luz foram aparecendo. Eles brincavam voando acima do mar que refletia suas luzes. Eles começaram a se juntar num ponto brilhoso que tomava a forma de uma mulher. Seus cabelos eram brancos meio prateados e tinha a pele como neve. Ela usava uma armadura em forma de collant desenhada e prateada com detalhes de pano azul marinho, uma saia branca comprida com abertura na frente, luvas prateadas com um pano azul marinho comprido preso em cada uma e nas costas, botas prateadas com os mesmos desenhos da armadura até a coxa e uma coroa prata. Seus olhos eram púrpura. Em suas costas, havia um arco prateado e decorado, nele havia pendurado um enfeite de lua azul. Ela flutuava acima do lago.
          Brenys estava sem ação. não conseguia nem piscar observando a mulher. Ela brilhava como a Lua no céu.
             Acalme-se. Me chamo Belia.
             Belia? O nome da rainha do conto?
             Eu mesma. Venha até mim.
             Como?  
             Só venha.
          Brenys encostou os pés na água e eles não afundaram. Ela olhava de olhos arregalados para a água e começou a andar lentamente. A água estava fixa como o chão. Brenys ficou a uns 6 metros de distancia dela.
             Foi você que mandou o sinal a eles?
             Sim, fui eu.
             Porque? Porque têm que ser eu?
             Sempre foi você. Têm que ser você. É a única que pode. Você é a escolhida da Lua. 
             Se eu sou a escolhida, porque nunca me ajudaram? Porque nunca me avisaram? Eu poderia ter sofrido menos.. Poderia ter me preparado mais.
             Eu não podia interferir no seu destino. Perdoe-me. Sempre tentei lhe trazer conforto quando se sentia mal. Implorava a Lua que pudesse lhe ajudar. Fui eu que botei Zutic no seu caminho. Coloquei Kira pois ela poderá ajudar você no futuro. Tentei salvar seu irmão... Mas não pude. Essas pessoas precisam de você, Brenys. Você tem o dom. Precisa treiná-los e formar um grande exercito. Até sua família está em perigo. Se não agir, Horward mandará homens atrás da sua família para achá-la. Ele acredita que está fugindo dele. ele sente você. Ele pode lhe encontrar assim que você restabelecer suas forças.
             Como posso me livrar dele? Como posso proteger minha família?
             Primeiramente, precisa se livrar da parte do fogo negro que têm em você. E depois tiraremos sua família de Lightfire e à colocaremos em um lugar seguro.
             Como posso tirar o fogo negro de mim?
             Deite na água. 
          Brenys se deitou devagar, sentia o movimento em seu corpo. A água começou a subir em linha passando por todo o seu corpo. A água que estava embaixo dela ficou negra. Ela se levantou. Sentia-se limpa e em paz. A água preta começou a se dissipar ficando clara novamente.
             Então, Brenys. Você aceita ser a comandante desta luta?  
             Eu aceito.
             Eis aqui então a protetora de Egron.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 
Silver Sword Legend Of Zelda